IMAGENS DE NEGROS (AS) NO DISCURSO DA IMPRENSA NEGRA
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Abstract
A construção de imagens de negros (as) como seres inferiores os (as) empurrou para a marginalização social, econômica, psicológica. Culturalmente, essa população viu-se pressionada pela imprensa branca: a mesma que renegou a produção cultural de negros (as) por considerá-la “subproduto de uma etnia inferior”. Em decorrência, a imprensa negra circulou restrita e exclusivamente no meio de uma população que exercerá uma função social, política e catártica durante o seu percurso. Este artigo tem como objetivo analisar as imagens de negros (as) evidenciadas no discurso da imprensa negra em um periódico que circulou no ano de 1916 na cidade de São Paulo. Essa análise é importante porque as imagens têm ocupado espaço na mídia impressa e falada e, ao analisá-la, conforme Afonso (2005, p. 62) citando Aparici (1998), é possível “diferir a carga valorativa que cada pessoa individualmente lhe atribua, ou que o objeto lhe provoque, mas objeto não é diferente por causa disso”. Por imagem, Martine (2007, p. 13) “designa algo que, embora não remetendo sempre para o visível, toma de empréstimo alguns traços ao visual e, em todo o caso, depende da produção de um sujeito: imaginária ou concreta, a imagem passa por alguém, que a produz ou a reconhece”.
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