A POPULAÇÃO NEGRA USUÁRIA DA POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL A CIDADE EM CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ
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Resumo
Historicamente, pessoas consideradas “anormais” ou “doidas” são desumanizadas e têm suas vidas enclausuradas por um modelo de sociedade que destina a essas pessoas o manicômio. Em contraposição a esse modelo, a Reforma Psiquiátrica brasileira, ainda em curso, é um processo que envolve os avanços da política de saúde mental na tentativa de humanizar e transformar o lugar social da diversidade, conduzindo estratégias para a construção de uma rede de cuidado psicossocial multiprofissional e de base territorial. Este artigo propõe uma concisa análise a respeito da população negra usuária da Política de Saúde mental e a sua relação com a cidade de Campos dos Goytacazes- RJ. Para isso, buscamos um diálogo interdisciplinar de modo a considerar a construção histórico-social do tratamento da saúde mental e os resquícios do modelo asilar na configuração do espaço urbano. Nesse sentido, utilizamos uma abordagem qualitativa de investigação, estruturada a partir da pesquisa de campo e bibliográfica. As investigações mostram a predominância de usuários(as) negros(as), o fechamento tardio dos manicômios e a segregação socioespacial da cidade. Ou seja, demonstram que as realidades vivenciadas por esses sujeitos escancaram os mecanismos racistas e manicomiais enraizados na cidade de Campos dos Goytacazes. Desejamos contribuir com o diagnóstico das políticas de saúde mental da região e, principalmente, fortalecer a luta antirracista e antimanicomial.
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