QUINTAIS NEGROS URBANOS COMO ESPAÇO DE RESISTÊNCIA CULTURAL NO INTERIOR PAULISTA
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Resumo
O artigo analisa a estruturação das relações socioespaciais dos indivíduos negros frente aos enfrentamentos no espaço urbano desde o pós-abolição e, à vista disso, os significados agregados ao quintal e demais espaços de identidade por eles mantidos. Reconhecida sua importância como representação material e imaterial do posicionamento da população negra, esses espaços se configuram como rede de sociabilidades, permitindo às famílias a reformulação de sua organização, a transmissão de suas tradições e a preservação de suas culturas. Dialogando com os trabalhos de Oliveira (2018), Sodré (2019) e Cunha Júnior (2019), discute-se, aqui, a memória afrodiaspórica nesses territórios a partir das trajetórias de famílias negras nos municípios de São Carlos, Araraquara e Santa Bárbara d’Oeste, considerando a cidade enquanto espaço vivo e grafado pela agência (cri)ativa dos povos de matriz africana.
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