OLHAR INCONSCIENTE DO CORPO: RAÇA E DISCRIMINAÇÃO NA PERCEPÇÃO DE JOVENS NEGROS

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João Vitor Rodrigues
Carlos Antônio

Resumo

A partir do debate histórico sobre raça, a cotejar dois principais estudos da influência do racismo sistêmico (Clark; Clark, 1947), (Roth, 2012), pretende-se apresentar, com interface na psicologia social e antropologia, os resultados de um estudo de caso voltado para compreender a percepção racial, autoimagem e discriminação de um grupo de 14 jovens negros de duas escolas públicas, localizadas nas zonas leste e sudeste da cidade de Teresina, capital do Piauí. Trata-se de um estudo de campo na perspectiva dos estudos culturais e pós-coloniais, de cunho qualitativo, de tipo descritivo. Constatou-se que a percepção racial desses jovens se vincula às abordagens policiais, enquanto a autoimagem deles é associada aos binômios raça e crime, raça e consumo, raça e representatividade, raça e classe, raça e estética, raça e afeto, raça e escravidão. Notou-se o uso recorrente de termos como: olhar, ver, enxergar e lutar. Esses termos foram tomados enquanto percepções dos dispositivos de memória e da linguagem, do pensamento e das emoções, em ação nos hábitos gesticulados e nas palavras utilizadas por esses jovens.

Detalhes do artigo

Como Citar
Pereira, T. H., João Vitor Rodrigues Costa, Carlos Antônio dos Santos, & Leonardo Freire Costa. (2025). OLHAR INCONSCIENTE DO CORPO:: RAÇA E DISCRIMINAÇÃO NA PERCEPÇÃO DE JOVENS NEGROS. Revista Da Associação Brasileira De Pesquisadores/as Negros/As (ABPN), 16(44). Recuperado de https://abpn.emnuvens.com.br/site/article/view/2137
Seção
Artigos
Biografia do Autor

João Vitor Rodrigues, Universidade de São Paulo

Psicólogo clínico com Mestrado em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo (PSE/USP). Possui especialização em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e o Mundo do Trabalho. Licenciado em História pela Universidade Federal do Piauí com Bacharelado em Psicologia pelo Centro Universitário Unifacid Wyden.

Carlos Antônio, Universidade Estadual da Paraíba

Mestrado em Psicologia Social (Bases Normativas do Comportamento Social – BNCS) pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social da Universidade Federal da Paraíba (PPGPS/UFPB). Graduado em Psicologia Organizacional pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

Leonardo Freire

Psicólogo clínico graduado pela Unifacid Wyden. Especialista em Terapia Cognitivo-comportamental e Pós-graduando em Prática Baseada em Evidências (InPBE).