OLHAR INCONSCIENTE DO CORPO: RAÇA E DISCRIMINAÇÃO NA PERCEPÇÃO DE JOVENS NEGROS
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Resumo
A partir do debate histórico sobre raça, a cotejar dois principais estudos da influência do racismo sistêmico (Clark; Clark, 1947), (Roth, 2012), pretende-se apresentar, com interface na psicologia social e antropologia, os resultados de um estudo de caso voltado para compreender a percepção racial, autoimagem e discriminação de um grupo de 14 jovens negros de duas escolas públicas, localizadas nas zonas leste e sudeste da cidade de Teresina, capital do Piauí. Trata-se de um estudo de campo na perspectiva dos estudos culturais e pós-coloniais, de cunho qualitativo, de tipo descritivo. Constatou-se que a percepção racial desses jovens se vincula às abordagens policiais, enquanto a autoimagem deles é associada aos binômios raça e crime, raça e consumo, raça e representatividade, raça e classe, raça e estética, raça e afeto, raça e escravidão. Notou-se o uso recorrente de termos como: olhar, ver, enxergar e lutar. Esses termos foram tomados enquanto percepções dos dispositivos de memória e da linguagem, do pensamento e das emoções, em ação nos hábitos gesticulados e nas palavras utilizadas por esses jovens.
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