REEXISTÊNCIA INDÍGENA NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA: PARA ALÉM DO ACESSO AO ENSINO SUPERIOR
Conteúdo do artigo principal
Resumo
O objetivo deste texto é apresentar testemunhos de reexistências (Achinte, 2009; Limberti, 2015; Souza Filho Et Al., 2016; Doebber, 2017), de estudantes indígenas, alunos da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Paraná, os quais relatam suas estratégias de enfrentamento de toda sorte de dificuldades, especialmente as que envolvem situações de racismo por parte da sociedade não-indígena, incluindo aí a comunidade universitária. Quando chega à instituição, o indígena percebe que “passar no vestibular” e “entrar na universidade” não são sinônimos e que precisa conquistar seu direito a estar ali diariamente, já que a universidade não foi pensada como um espaço a ser frequentado por indígenas. No entanto, mesmo nesse cenário hostil, que não paradoxalmente também é o único caminho que lhe trará mais oportunidades, a figura do “indígena universitário” se firma, a partir especialmente da organização dos próprios indígenas, que lutam tanto pelo acesso, quanto pela permanência no Ensino Superior, situações das quais a universidade só tem a se beneficiar, caso tenha sensibilidade de percebê-las dessa forma.
Detalhes do artigo
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License CC-BY 4.0 que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).